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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Células- tronco uma nova Esperança

Por: Daniela dos Reis e Raquel Fiuza

      Células-Tronco ou célula-mãe são células com capacidade de autorrepliclação, isto é, com capacidade de gerar uma cópia idêntica a si mesma e com potencial de diferenciar-se em vários tecidos. Quanto a sua classificação, podem ser:
·        Totipotentes: aquelas células que são capazes de diferenciar-se em todos os 216 tecidos que formam o corpo humano, incluindo a placenta  e os anexos embrionários. São encontradas no embrião, nas primeiras fases da divisão (3 ou 4 dias de vida).
·        Pluripotentes ou multipotentes: células capazes de diferenciar-se em todos os tecidos humanos, excluindo a placenta e os anexos embrionários (5º dia de vida) - blastocisto.
·        Oligotentes: células que se diferenciam em poucos tecidos.
  • Unipotentes: células que se diferenciam em um só tecido
ð     Estudo está sendo desenvolvido pela USP para ver o resultado do contato de uma célula- tronco com um tecido diferente. O objetivo é observar se ela se transforma no mesmo tecido que está tendo contato. Estas são retiradas do cordão umbilical.
ð     Podem ser encontradas: embriões recém-fecundados (blastocistos), criados por fertilização invitro, embriões recém fecundados criados por inserção no núcleo celular de uma célula adulta, em um óvulo que teve seu núcleo removido, células germinativas, órgão de feto abortado, alguns tecidos adultos (medula óssea), sangue, fígado, placenta e líquido amniótico. No cordão umbilical se encontra um grande número de células-tronco hematopoiéticas (fundamentais no transplante de medula óssea).
ð     Já é permitido nos países: Inglaterra, Austrália , Canadá, China, Japão, Holanda, África do Sul, Alemanha e outros países.
ð     No Brasil  os tratamentos são feitos apenas em grandes centros de pesquisas, hospitais e somente para pacientes que assinam um termo de consentimento e concordam, porém...o tratamento é muito caro !

ð     Elas podem originar outras células e causar a cura de várias doenças (câncer, Mal de Alzheimer, cardiopatias, Mal de Parkinson, traumatismo da medula espinhal, infarto, queimaduras, doenças do coração, diabetes, osteoartrite, artrite, reumatóide, doenças pulmonar, distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica, doenças renais, etc.
ð     É atualmente o foco de discussão entre leigos, cientistas e políticos.
ð     A legislação brasileira permite o uso dessas células para qualquer fim, mas muita polêmica pode surgir, já que a Igreja e outros grupos sociais não aprovam essa ideia.
Que avanços as pesquisas científicas com células-tronco podem trazer para a medicina?

       As células-tronco podem ser utilizadas para substituir células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, ou em tecidos lesionados ou doentes. As pesquisas com células-tronco sustentam a esperança humana de encontrar tratamento, e talvez até mesmo cura, para doenças que até pouco tempo eram consideradas incontornáveis, como diabetes, esclerose, infarto, distrofia muscular, Alzheimer e Parkinson. O princípio é o mesmo, por exemplo, do transplante de medula óssea em pacientes com leucemia, método comprovadamente eficiente. As células-tronco da medula óssea do doador dão origem a novas células sangüíneas sadias.
Por que permitir a pesquisa com embriões, se as células-tronco são também encontradas em tecidos adultos?

       Porque as células embrionárias seriam as únicas que têm a capacidade de se diferenciar em todos os 216 tecidos que constituem o corpo humano. As células retiradas de tecidos adultos têm capacidade de dar origem a um
número restrito de tecidos. As da medula óssea, por exemplo, formam apenas as células que formam o sangue, como glóbulos vermelhos e linfócitos.
É possível desenvolver uma técnica para obter células-tronco sem precisar dos embriões?
       Sim. No início de 2007, cientistas americanos anunciaram a descoberta de uma nova fonte de células "coringa", extraídas do líquido amniótico, que preenche o útero durante a gravidez. Extraídas e cultivadas em laboratório, as células deram origem a vários tipos de células diferentes - ou seja, funcionam como células-tronco. Conforme os cientistas, as células-tronco extraídas do líquido amniótico não são idênticas às células-tronco embrionárias. Em alguns casos, porém, elas funcionam até melhor, dizem eles. Mas a gama de aplicações para esse novo tipo de célula-tronco pode ser menor do que no caso das embrionárias.



        Pesquisa mostra que no futuro quem precisar de transfusão de sangue poderá ser seu próprio doador.

Luiza Duarte



   Pesquisadores franceses conseguiram fabricar glóbulos vermelhos a partir de células-tronco. Uma primeira transfusão desses glóbulos vermelhos fabricados em laboratório foi feita em seres humanos, mostrando que além deles terem o mesmo desempenho de glóbulos naturais, podem também sobreviver no organismo.O estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica americana Blood e dirigido pelo doutor Luc Douay, do hospital Saint-Antoine, da Universidade Pierre et Marie Curie, em Paris, deixa a esperança de que um dia os pacientes que necessitam de transfusão sanguínea poderão ser seus próprios doadores, através de suas células-tronco.
       A pesquisa pioneira para se obter sangue artificial pode representar uma alternativa para a crescente necessidade de doações de sangue no mundo e para suprir a carência de doadores, além de reduzir o risco de infecções.
       No corpo humano circulam entre 5 e 6 litros de sangue. Os glóbulos vermelhos são os responsáveis por transportar o oxigênio dos pulmões para os tecidos. Mas, segundo a equipe, mesmo se os pacientes poderão contar com os glóbulos artificiais é preciso avanços tecnológicos para possibilitar sua produção em grande escala. Para isso, uma possibilidade seria utilizar células de sangue do cordão umbilical que se proliferam mais rapidamente do que células-tronco adultas.

http://tratamentocomcelulastronco.blogspot.com/
E no Brasil, o que existe em termos de pesquisas?
 
Na Bahia, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz estão tratando com sucesso cardiopatias causadas pela doença de Chagas. No Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro e no Instituto do Coração de São Paulo, células-tronco são usadas em pacientes que sofreram infarto. Também há estudos em vítimas de lesões medulares, diabetes do tipo 1, esclerose múltipla e artrite.

Células-tronco podem ser usadas no tratamento da esclerose múltipla

4 comentários:

  1. Neste texto eu achei uma informação muito importante que eu não tinha conhecimento sobre esse assunto e achei interessante destacar que:"É possível desenvolver uma técnica para obter células-tronco sem precisar dos embriões".

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  2. Entendi com este trabalho que células-tronco são aquelas capazes de se reproduzir cópias idênticas a si mesma. Um exemplo claro mostrado na TV hoje em dia e assistido pela maioria dos brasileiros é a médica da novela Fina Estampa, que tem uma clínica de fertilização em vitro, mostrando que qualquer casal é capaz de terem um filho.

    Por: Marcelo Augusto

    As células-tronco traz cada vez mais esperança as mulheres que não tem como ter filhos, um ótimo recurso, porém com o custo muito alto.

    Por: Tairine Maristela

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  3. É isso aí, meninas;
    Gostei do trabalho de vocês. Simples mas objetivo.
    Conseguiram esclarecer o que é e pra que serve este trabalho científico, tão importante para nós.
    Embora há resistência de alguns segmentos da sociedade a respeito do tema, em sua maioria, ele é bem aceito pela sociedade. Afinal quem não quer se ver livre de uma doenaça, já instalada, que o prive de uma vida normal? Mais ainda, ver seu ente querido, liberto de um mal que o assola, também é bastante confortador.
    As pesquisas tem avançado e isto muito nos alegra e alimenta a esperança. Quisera Deus, que continuem a avançar, e assim nos permitir uma vida mais promissora, feliz e produtiva.
    PARABÉNS pelo trabalho. Continuem buscando informações, e nos mantendo informados.
    Abraços
    Marina

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  4. Daniel e Guilherme

    Dando destaque a ONU:

    Em março de 2005, foi sancionada a lei de biosegurança. Essa lei autoriza pesquisa com células-tronco embrionárias humanas, mas sem dar “sinal verde” para a chamada clonagem terapêutica, procedimento permitido, por exemplo, no Reino Unido e na Coréia do Sul.

    Fonte: http://pt.shvoong.com/exact-sciences/biology/1692878-c%C3%A9lulas-tronco-tecnologia-%C3%A9tica/#ixzz1btGxMeKC

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